terça-feira, 29 de dezembro de 2015


Leia o prólogo aqui.

PARTE I

Sabe aqueles tipos de pessoas ficam presas em certas fases da vida? Algumas naquela de só ir em festas e outras, no caso extremo, da infância? Então, eu infelizmente não consigo sair daquela fase da adolescente tímida assustada que não consegue conversar com um menino normalmente.
É claro que eu teria que passar por uma daquelas horas de "make it or break it" pra superar isso.
Eu estava com minhas colegas de trabalho no Red Light e eu estava sentada no balcão esperando que elas chegassem e:
- Eu também gosto de tequila, mas essa noite de sexta combina muito bom com um martini, não é?
Eu sorri e não consegui falar nada.
- Deixa eu te comprar um e você me diz o que você acha? - E fez um sinal pro bartender que acenou com a cabeça e começou a mexer nas garrafas.
Sorri, agradecida, pedindo aos deuses que ele tivesse paciência pra me dar o tempo pra pensar em algo pra falar.
- Então, você vem sempre por aqui? - Ele perguntou sorrindo abertamente quase que piscando com um olho, meio que se desculpando pela pergunta clichê.
Eu agradeci aos deuses. Encolhi os ombros juntando todas as minhas forças e respondi.
- Hmm, na verdade é apenas a minha segunda vez aqui, acabei de me mudar pra cá e ainda estou conhecendo tudo..
Virei meu shot.
Poxa vida, agora, se ele fosse um assassino eu seria a isca perfeita: voz baixa + não conhece a cidade + força de uma galinha. E ele estava me pagando uma bebida. Desculpa, mãe.
Tentei afastar esse pensamento se não ficaria com cara de assutada e provavelmente afastaria o rapaz.
- Hmm, nova na cidade...Eu já estou aqui faz....- Ele olhou para o teto, concentrado - 5 anos, uau, o tempo realmente voa quando você está aqui - ele riu
Sorri.
- O que fez você vir pra cá? - Perguntei.
Meu martini chegou e eu fiquei mexendo o palitinho com a azeitona.
- Bom, a versão curta dessa resposta é que eu quero trabalhar na Wall Street e pra isso precisava vir pra cá e conseguir uns estágios. E você? - Ele virou seu copo de schotch
Levantei as sobrancelhas.
- Eu só queria sair da minha cidade, começar do zero - Tomei um gole do martini. Cara, que coisa horrivel; eu estava certa de não confiar nessa bebida com azeitonas dentro!
- Hm, começar do zero. Devo ter medo? - Eu ri -  Você fez algo muito ruim e fugiu?
- haha antes de responder isso eu quero experimentar outra bebida
- Gostou do martini?
- Achei interessante
- Hm, não gostou! Poxa vida, comecei mal - ele riu
- Não, você está....
- HA, achamos você, achei que tinha te perdido já! Fiquei triste, porque realmente acho você muito divertida. - Carla se jogou nas minhas costas, me abraçando. Ela já estava alta! Derrubei metade da bebida no balcão.
O menino pediu outra bebida para o garçom.
- Não, não, eu acho que vou ter que ir embora, ela não está muito bem...- Falei, observando o estado da Carla.
- É....nós estávamos te procurando para irmos embora - Leslie se desculpava com o olhar, olhando para o rapaz.
- Opa, você não apresenta mais os amigos? - Carla já esticou a mão para ele e olhou pra mim, esperando um nome.
Abri a boca, mas sem ter o que falar.
Ele riu.
- Matt! Prazer!
Matt apertou a mão da Carla e cumprimentou Leslie com a cabeça, que ela estava apoiando Carla com um braço e segurando a clutch com a outra.
- Bom, boa noite, Matt - Ela chegou mais perto dele - Eu não queria ir embora, a noite mal começou, mas essas duas velhotas aqui não vão me deixar ficar, e a minha amiga aqui - ela segurou no meu ombro - é muito boni,,,,
- OKAY, hora de ir embora! Leslie, chame um taxi, por favor? Pode deixar que eu ajudo ela. - No way que eu ia carregar a Carla até Bushwick de metrô.
Leslie foi tentar achar um taxi. Peguei minha carteira.
- Ah, pode deixar
Fiz uma cara de sem graça e ia começar a argumentar, mas ele nem me deu a chance.
- Só quero uma coisa em troca
- Hmmmmm - Carla reagiu a situação como se estivesse vendo um programa de TV.
- O quê?
- Seu nome.
- Ah - sorri - é....
- Lola! O Taxi está aqui! - Leslie nos gritou da porta.
Vergonha.
- Tenho que ir, até mais..
- Até. - Ele acenou quando chegamos na porta e eu acenei de volta enquanto colocava Carla no banco de trás.

Meus desfeitos



Ando sumida. E confusa também.
Coleciono sonhos e realidades.
Quero ser uma num minuto e n'outro não quero mais.
Preciso sair e depois não mais.
Tento ser e depois desisto.
Sonho e des-sonho.
Construo e desconstruo.
Sigo um caminho e depois mudo a rota.

Qual a necessidade disso tudo? Dessas incomodanças?
Eu não sei.
Hoje aceito melhor minhas falhas e desconhecimentos.
Acredito que um dia entenderei o porque de tantas
dúvidas e
incertezas e
refeitos e
defeitos.

Débora Monteiro

domingo, 4 de outubro de 2015

Sobre cobranças


 Nós temos uma paixão por romances que nos fascina. Quando vimos filmes, ou lemos livros, construímos, nem que seja no fundo da nossa alma, uma vontade de viver aquilo também. O primeiro filme que me causou impacto foi "Procurando Nemo"; eu tinha uma certa inveja do peixinho pelo qual o pai procurava sem desistir. Eu ansiava um amor como daquele pai pelo filho. Com o tempo, naturalmente, esqueci do filme. 
   Outro filme que eu me lembro de ver e ficar encantadíssima foi "Um amor para recordar". Clichê, claro, mas eu não conhecia muito do mundo na época - muito menos a palavra "clichê" - que vi esse filme e acreditava que tudo era possível (principalmente se havia um filme sobre isso).
   Óbvio que não sou desacreditada no mundo, e claro que tenho meus - incontáveis - sonhos mirabolantes. Porém, tudo o que somos, tudo no que acreditamos é uma construção. Tijolinhos colocados um por um que nos cercam e nos tornam um ser humano inteiro. Uns fomos nós mesmos que colocamos, outros foram nossos pais, nossos professores, nossos contextos e, finalmente, nossas escolhas, como livros, filmes e segmentos políticos etc.
   Temos consciência, muitas vezes, que temos ideia e conceitos sobre tudo, que temos opiniões autenticas e que temos que ser ouvidos; e talvez tenhamos mesmo. Mas temos que ter muito cuidado ao demandar algo de alguém. Será que nossa ideia de família é realmente nossa? E o que é um verdadeiro romance?
   Quando exigimos uma postura de alguém, temos que respeitar sua individualidade, e, queridos, sabemos que o mundo é grande e nunca para, e nossas definições de tudo está em constante mudança, e aqueles tijolinhos podem sim serem removidos e substituidos.
   Sempre fiquei irritada com algumas cobranças direcionadas a mim. Mas agora não tenho mais tanta raiva dessas cobranças mirabolantes de perfeição. Agora tenho consciência de que muitas vezes nossa consciência não é nossa, que nossos ideais e objetivos muitas vezes também não são nossos. Contra o mundo não posso fazer muito, mas sei que posso não repetir os erros que vejo pelo caminho.

domingo, 7 de junho de 2015

Eu estou me tornando a minha mãe


É meio assustador você crescer e perceber suas similaridades com seus pais. Não se preocupe, é inevitável mesmo, você foi criado por eles. E tudo que você sabe do mundo, eles que te apresentaram.
Porém, eu tenho lá meus motivos pra ter um mini ataque em pensar que estou me tornando um xerox deles. Quando eu faço uma piada que minha mãe faria, provavelmente num churrasco de domingo, eu quero sair correndo e me enterrar em algum lugar e fingir que tal situação não aconteceu.
Não é louco? Todo esse trabalho na adolescência de ser o diferente, pra descobrir que você é igual seus pais! 
Ao mesmo tempo que é assustador, é esclarecedor. Você acaba percebendo como é difícil criar uma criança e quanto que eles renunciaram - as vezes não - por você. Um dia você era o bebê que eles tinham que fazer tudo e 13 anos depois acha que já conhece tudo sobre o mundo. E outra: como tudo é caro! E eles ainda arranjaram um jeito de te dar aquele presente que você tanto pediu (e ainda te alimentaram todos os dias) (e pagaram a sua internet) (e te levaram pra todos os lugares).
E eu penso; se eu tenho as minhas crises, imagina eles, com a minha idade (minha mãe se casou com 18/19 anos) tendo essas crises e com uma responsabilidade enorme de criar uma criança? E tendo que aguentar as crises de adolescente que sabe de tudo? Louco pensar nisso.
E ah, deixa eu te falar: a maioria das coisas que você acha serem universais, como separar as roupas em pilhas para lavar (cozinha, banheiro etc), colocar as facas de ponta cabeça no escorredor; na verdade não são universais, tem pessoas que não separam as roupas e que colocam os talheres todos jogados para secar. Você vai querer ligar pra sua mãe pra falar desses crimes.
Por isso, por mais falhos que nossos pais sejam, eles são incríveis. E pensando bem, ser igual eles talvez não seja algo tão ruim. Torço para que quando eu for uma adulta de verdade eu tenha metade da força deles. 

Sobre a fé


Eu sou fraca. Sou fraca quando não consigo seguir uma rotina e quando estou em uma também. Sou fraca quando continuo cometendo os mesmos erros sem perceber e quando continuo errando achando que aquela forma é o meu verdadeiro eu.
A questão é que todos somos fracos; isso não é mais uma desculpa. A não ser que você queira continuar nessa inconstância exaustiva que chamamos de "vida".
Como lidamos com a fraqueza? O que fazemos com ela? A reconhecemos e lamentamos; a reconhecemos e ficamos nela.
Ou essa fraqueza nos leva a Deus.
Não seria hipocrisia ficar correndo de volta para Deus assim que cometêssemos o pecado? Não. É nesse momento que deveríamos nos apegar mais a ele e crer nas suas promessas.
Eu anseio os dias em que serei livre dos pecados de hoje e serei a pessoa que quero ser.

quarta-feira, 27 de maio de 2015


PRÓLOGO

Quando eu era criança, sempre achei que seria famosa, então tudo o que eu queria era crescer. Na adolescência, em meio a tantas mudanças, tudo o que eu queria era escrever um livro muito bom e me sentir bonita. 
Eu nunca fiz sentido e nem procurei resposta pras minhas loucuras.  Sonhos sempre fizeram parte de mim. Mas sempre me perguntei por quanto tempo deveria esperar ou até onde eu iria por eles. O meu maior medo sempre foi de não realiza-los e de no fim da minha vida, estar sentada em uma cadeira de balanço amargurando por tudo que não fizera. Minha avó sempre me dizia: "Lola, você sonha muito alto, um dia eles mesmos te derrubarão e você vai lembrar dessa velha aqui te avisando..." E eu nunca escutava. Pra ela, meus sonhos sempre foram meus maiores defeitos, mas para mim eles eram o que me faziam.....eu. 
E tudo isso me trouxe aqui, num fim de tarde com o sol laranja se despedindo por traz dos prédios de Nova Iorque que eu tanto amava. 60th st x Brewster RD. O taxista esperava pelo meu destino e eu não sabia o que falar. 
60th st x Brewster RD.
Na verdade, no fundo, eu já sabia pra onde eu queria ir. Mas não sabia se conseguiria deixar passar tudo o que eu sonhei. Um sonho por outro sonho, certo? Não se pode ter tudo.
O taxista me encarava.
Respirei fundo e disse o endereço.

terça-feira, 5 de maio de 2015

Confusion

I've tried to be strong, I swear. But everytime the strings get pulled, I just get destroyed. I try, everyday, to be a strong girl, a super woman. But I'm no super anything. I just try to live with my little pieces and some happyness I stll own.
I may be dramatic, but I'm just trying to keep looking forward. I'm trying to not let the doubts stop me. My lack of confidence is just a stone in the middle of the road.
Isn't crazy that right now the world still rotating and the sun will raise in the morning? Even when in the inside I feel from another world? It's scary how we end up in some places and we're not sure where we're going.
I don't believe in myself, sometimes I pretend I do. But I know that this is a big problem and I'm not the only one that doubt about my skills and promisses. I am willing to improve it; I just started it and I realize it's not an easy thing. It's a long road.
I'm tired of fighting. Although it's for my own growth. 
May the Lord help me.

domingo, 26 de abril de 2015

Sobre escolhas


Quanto tempo um coração continua amando alguém sem ganhar nenhum estimulo, ou que seja uma pontada de esperança? Quanto tempo um coração continua perseverante quando todas as setas apontam para o final?
Nós, estúpidos humanos, temos uma coisa chamada esperança, que sempre vem acompanhada com a perseverança. Quando as duas estão juntas, ninguém - e quando eu digo ninguém, é ninguém mesmo, - nem a realidade, pode fazê-las desistir.
Uma luta liderada por essa dupla pode ter dois destinos: total sucesso, no qual o objetivo é alcançado, ou um tombo dilacerante, quando próximo do final, descobre-se que o objetivo final não estava lá, que toda aquela luta foi em vão.
Mas nós, incríveis humanos conseguimos nos reconstruir, mesmo que de pedaços, para novas batalhas. A minha pergunta é: qual o limite do nosso coração? Chega uma hora em que ele para de funcionar, assim como um brinquedo velho ou ele ressurge das cinzas novinho em folha? Até onde o nosso coração vai? Até onde, além do coração, a nossa mente pode aguentar?
Aprendi quem em papo de coração não existem extremos. Aquela questão da dualidade: uma coisa é uma coisa, e a outra coisa também é a outra coisa. O que eu quero dizer é que o nosso coração, talvez, depois de um tempo comece a funcionar de novo, talvez, lá no fundo ele tenha achado mais alguma energia daquela bateria velha. Ou ele simplesmente para, larga aquela duplinha pra fora e só decide fazer o que ele, cientificamente, tem que fazer: bombear o sangue para o corpo inteiro. Ou ele ainda consiga funcionar, em trupicos, depois de tantas quedas, porém continua firme.
Não existe resposta certa, você pode ter lido todos os livros, ter visto de tudo, mas você nunca tem uma resposta direita. Me pergunto qual deveria ser o próximo passo, se deveria largar o remo ou continuar remando. Ou simplesmente sair do barco. Várias respostas aparecem, várias pessoas tiveram várias experiências, mas nós sabemos que nada do que disserem torna a decisão mais fácil ou o medo de errar sumir.
Sabe, talvez seja por isso que nós vivamos sentindo saudades da infância, onde não tínhamos que fazer tais decisões e ter a responsabilidade de continuar remando. Ou quando eramos crianças, não viamos a hora de sermos adultos para experimentar a sensação de remar. Nós nunca estamos satisfeitos, nós devaneamos tanto em nossas outras opções, em nossas outras hipotéticas vidas, que acabamos não vivendo, não crescendo. Perdemos, sempre, a oportunidade de seguir em frente, preocupados com o futuro, e com passado que já se foi. Algumas vezes, por causa dessas preocupações, deixamos que alguém tome decisões por nós.
Acredito, humildemente, que temos que assumir os riscos. Chega uma hora em que, mesmo que a situação pareça perdida, devemos perseverar. Mesmo quando nada aponta para uma solução, temos que ter esperança. E, o mais difícil, quando vimos que uma situação não tem mais sentido, anda em círculos, temos que ter a coragem de pegar a tesoura e cortar o fio de ligação. Sacrificar. Temos que ter a coragem de admitir para nós mesmos que acabou e não podemos fazer mais nada. 
E nós, talvez um dia, saberemos se foi a coisa certa a melhor coisa a se fazer. As outras possibilidades somem quando você toma uma decisão e aquela opção passa a ser sua realidade. Fazer escolhas não é fácil, acertar é incrível, errar é doloroso. Mas só assim descobrimos quem somos.

quarta-feira, 15 de abril de 2015

Algumas observações





























Todos temos um ponto da vida que achamos que não temos nada. Pensamos que tudo que nos rodeia é tudo o que temos e o que nos define.
Observando minha vida hoje, penso que se eu desaparecesse, muitas coisas continuariam iguais. O sol continuaria nascendo e New York continuaria sendo incrível. Se eu não existisse talvez aquele meu professor nunca teria imaginado que alguém conseguiria ser tão ruim na sua matéria como eu. Se eu não estivesse por aqui, meus amigos talvez nunca teriam imaginado como alguém poder ser tão confusa, estranha, inconstante e sonhadora como eu.
Eu não sou incrível, não mereço nenhuma série escrita sobre mim ou uma página no wikipédia. Meus defeitos sobressaem minhas qualidades e minha imaginação muitas vezes passa dos limites. As vezes penso que nunca terei um trabalho em que eu me sinta totalmente satisfeita e que onde eu estou hoje não é onde eu deveria estar.
Tenho essa vontade imensa de largar tudo e deixar meus confortos and get out there. Quando penso no futuro, não tenho mais certeza do que quero ver. Já me imaginei professora de inglês na universidade; uma escritora muito bem sucedida com um livro virando filme; uma atriz e cantora muito famosa; vivendo o sonho de "take New York"; ou sendo mãe de três e morando numa casa grande com um cachorro. 
Já imaginei várias Déboras, mas não faço a minima ideia de qual me tornarei ou qual é a certa. Sempre tenho perguntas circulando pelas minhas poucas certezas, mas não deixo que elas me parem mais. Sei que amo cheiro de chuva e de ver o dia nascer, de andar de bicicleta e do som do ukulele. Sei que não quero ficar presa nessa cidade minha vida toda e que meu lugar é onde Deus estiver comigo, e ele está em todo lugar. Então, o mundo inteiro é uma opção. Mas, a felicidade é algo que todos buscamos, acredito que ela nos faz ser esse poço de sentimentos ambulantes, cheios de dúvidas e curiosidades. A busca incansável por nós mesmos nos torna quem somos. Hm.

sexta-feira, 13 de março de 2015

Inteira plenitude de Deus

Nós humanos não temos a capacidade de entender o sobrenatural de Deus. Tudo é possível para ele. O sobrenatural é natural para Deus! Não há nada difícil para Ele! Deus tem o poder para fazer tudo aquilo que imaginamos, ou melhor: fazer algo maior ainda. Como eu amo meu Pai!
Mas, por que ainda caímos no pecado? Quando estamos caminhando para a vontade dele tudo fica mais difícil e temos a tendencia a desistir?
Nossa natureza é fraca. Precisamos tanto de Deus que nem percebemos. Minha sede por santidade vem crescendo por um tempo. Entendo que preciso passar pelo meu vale, mas esse lugar parece infinito. Sei que tenho que aprender muitas coisas, então confio em Deus. Como diz a Bíblia, "passarei pelo vale e não temerei mal algum, porque tu estás comigo, a tua vara e o teu cajado me consolam."
Nós acreditamos que pela nossa fé Deus existe. Porém, Deus produz a existência da nossa fé! A Incredulidade de que algo pode acontecer conosco não está enraizado na ausência de fé. A raiz da incredulidade está enraizado na incerteza do quanto ele nos ama. Ele nos ama! E o amor de Deus não é algo que nós, pobre humanos, entendemos. Talvez esteja aí as nossas duvidas; como pode existir um amor tão grande, e eu, tão defeituosa, sou alvo dele? Eu, que quase ninguém nota, ser filha do Rei do mundo? Se a nossa fé não serve para nos fazer crer no grande amor de Deus por nós ela não vale pra quase nada. 
Deus não te ama pelo que você é ou pelo que você é capaz de fazer, ele nos ama por quem Ele é, por que Deus é amor. E ele não muda! Nada do que nós fazemos pode fazer com o que ele nos ame mais, e nada do que nós fazemos pode fazer que ele nos ame menos. Se a minha consciência me condena, maior e Ele que a minha consciência.
Talvez nós ficamos frustrados quando tudo dá errado porque nos preocupamos com o que Deus tem para nos dar. Com que família sonhamos, com que faculdades queremos. Mas e quem Ele é? Quem Ele é além do que ele pode nos  dar? Nosso pai é um Deus de milagres, mas mais importantes que milagres: Ele quer você! Ele quer a nossa vida para encher de alegria que vai além da compreensão! Saborear a plenitude de Deus, cara, imagina isso! Quando tivermos isso, tudo mais nos será acrescentado. 
A fé racional - pensamento positivo - não move montanhas. A fé sobrenatural é dom de Deus. Se você precisa de mais, peça a Ele! E permita que a fé que ele depositar no seu coração suba a sua mente, renove a sua mente.
Passamos boa parte da nossa vida preenchendo nossos vazios com coisas e pessoas, e as vezes nem percebemos! Mas tudo o que precisamos está em Deus. O reconhecimento de ninguém preenche o vazio. Lealdade aos seus problemas familiares, também não vai preencher seu vazio. Seu vazio é do exato tamanho de Deus.
Deus quer nos levar a uma nova dimensão espiritual, porém, para isso poder acontecer temos que olhar para o nosso vazio e admitir que estamos carentes. Lembrem-se: Deus não quer que você apenas assista histórias extraordinárias, ele quer que você VIVA histórias extraordinárias.

INSPIRADO NA PREGAÇÃO DE BIANCA TOLEDO 
NO CULTO MULHERES DIANTE DO TRONO - 28/05/2014 

sábado, 7 de março de 2015

Discernimento


As vezes me contradigo com o mundo. E as vezes comigo mesma. Isso anda acontecendo tão frequentemente que anda deixando de ser uma surpresa. Eu diria que ano passado foi um ano de descobertas. E esse é o ano de superações.
Superar medos, vergonhas e impossibilidades. O maior desafio está dentro da nossa mente. Superar os nossos próprios limites exige muita força de vontade. Superar aqueles pensamentos corriqueiros, jogar pro lado aquela forma que você queria se encaixar é algo que todos procuramos, né?
Mas será quer nos levamos a sério o bastante para ir até o fim? Para não nos importar mais com o que dizem? Ou mais: não nos importar com as expectativas e definições de certo/importante dos outros?
Quando nos comprometemos com a mudança esquecemos que não trata só da gente, mas de uma mudança de ponto de vista, tanto de você mesma quanto com a importância do que te falam. Se não tomarmos cuidado com o que escutamos e o que "digerimos" acabaremos cheias de coisas desnecessárias, opiniões subversivas e sem espaço para suas próprias coisas.
Não que seus amigos e parentes não sejam importantes, eles são! Mas nós sabemos que os que muitas vezes te colocam pra baixo ou acabam com suas expectativas são os que estão mais perto. Não podemos esquecer que alguns conselhos vem a calhar, mas também tem aqueles que são resultados de frustrações pessoais do outro impedindo que você realize as suas. Seja grato pelas pessoas a sua volta, mas seja grato também pelo seu discernimento.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2015


Ando desenvolvendo minha fé. Sobre o futuro já não tenho mais tanta pressa. Tenho sido grata por cada minuto.
Tenho aprendido a ser quem eu sou por eu mesma. Aprendi a não negar meus defeitos e trabalhar para mudá-los. Ando enfrentando meus medos e tentando agir de uma forma mais corajosa.
Minha ansiedade não me controla mais, pelo menos não como antes. Porém, meu nervosismo-pré-tudo anda tentando ganhar espaço.
Defino minhas prioridades e tiro memórias que não me ajudam a prosseguir. Ganhei uma vida nova e minhas más memorias e rancores têm sido jogados no mar do esquecimento. É tempo de mudança, é tempo de desenvolver o amor, a fé, a intimidade com Deus. Aprendi que os planos dele ninguém pode alterar. E que nada que eu faça O fará me amar mais. E nada do que eu fizer O fará me amar menos.
Gratidão.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Inconstância




















Incrível como somos sensíveis pra algumas coisas e feito vidro para outras. Quando achamos que somos fortes, descobrimos uma coisa que nos faz feito cacos.
Quando penso no futuro, me imagino bem independente e feliz. Porém, quando criança, me imaginava uma menina de 20 anos bem diferente da que sou hoje. Não que eu não goste de quem eu seja, mas, talvez, não nos tornaremos quem esperamos ser. Talvez seus sonhos nem sejam seus sonhos, ou suas escolhas indicador de um bom caminho.
Pensamos que se formos bons e nos esforçarmos tudo acontecerá naturalmente. E acontecem. Inclusive mudanças. Tudo muda de lugar nesse meio tempo que temos entre o nascimento e a morte. Nunca considerei a ideia de mudar de sonhos. Sempre fui bem apegadas a eles. 
Mas e se os sonhos mudarem? E se o que importava perder a importância? É difícil aceitar tal atrocidade. Acreditamos que somos os nossos sonhos, e que só teremos sucessos se os realizarem. 
Realizar sonhos parece ser o objetivo de todos. Ter a aceitação de todos parece ser um objetivo. Porém, muitas vezes confundimos ideia de autenticidade com pulso firme, mesmo quando tudo mudou, você continua agarrado aquele mesmo pilar de certeza que sempre teve - pois, claro, você é firme nas suas ideias.
No meio desse mar de inconstâncias, nos perdemos e nos achamos múltiplas vezes. Algumas vezes nos surpreendendo nas perdas e desejamos ser outra pessoa. Repugnamos levianidades e preocupações esdruxulas, mas aceite: todos perdemos tempo com coisas inúteis. Como, por exemplo, perder o presente pensando demasiadamente no futuro. 

quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

Aleatório





















É época de repensar sobre a vida e imaginar o que vem pela frente. É meio difícil acreditar que um dia haverá sol quando se está em plena chuva. É mais difícil ainda quando tudo o que planejou parecem, de certa forma,desconstruídos e você não tem certeza se quer construí-los novamente. 
Sabe, fim de ano é aquela época que as opiniões se dividem e presentes são trocados. Época que sentimentos a flor da pele e elevadas expectativas são todas reunidas em um único dia. Dia em que reais significadas são redimidos a enfeites e encenadas cortesias são postas a mesa. 
É uma época bonita, mas minhas experiencias até o atual momento nunca foram muito boas. Nunca deixei de acreditar nessa pequena experiencia que tal época do ano nos proporciona; um pouco de gratidão e atenção ao outro. 
Percebi que quando pensamos sobre nossas vidas apenas focamos naquilo que temos ou perdemos, não no que podemos fazer. E isso deveria mudar.