terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Foi bom te ver





















Pode entrar, entra pra ver como tudo mudou de lugar e como vai levar tempo pra arrumar tudo de novo. Você nem fazia ideia, né?! Pois é. Eu me invento de novo, sem problemas.
Senta aí. Gostei do que fez com seu cabelo, te deixou mais leve...Você sabe que sempre quis cortar o meu e mudar de cor, mas sempre deixo pra depois e o "depois" nunca chega.
Ah, e nessa de sempre deixar pra depois, acabei deixando tudo e estou aqui, nesse lugar no fim do mundo e sem nada.
Acho que me perdi do mundo, mas não tenho interesse de voltar não...Como anda todo mundo? Encontraram a felicidade ou andam buscando dinheiro em cada canto?
Estou um pouco atrasada mas percebi que você não era o que me faltava, sabe?! Você sempre seguiu sua vida sem se preocupar e eu percebi faz pouco tempo que a gente realmente nunca daria certo, por incrível que pareca. 
E aquela minha fixação por ter olhos azuis? Cai na real e vejo que prefiro ter olhos da cor da noite. Combina mais comigo.
Guardo nessa caixa tudo que me faz feliz, espalhei felicidade por aí também....o que me aborrecia joguei no mar e cada vez me lembro menos daquelas coisas. 
Sou feliz aqui, agora, nesse momento. Estou aprendendo a fazer meu mundo, construir meus caminhos. Cada um sabe o que traz no coração, cada um sabe o que faz. Você não é mais uma necessidade. Desculpa dizer, mas estou me libertando. Me sentindo mais leve, sem ter que te carregar. Aonde quer que eu vá lembrarei de você, mas te deixo aqui e vou. Se tiver aluma coisa pra me dizer, me manda um e-mail, respondo assim que puder. Ou não.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Um texto aí



















“Me disseram “Você anda sumido” e me dei conta de que era verdade. Eu também, fazia tempo que não me via. O que teria acontecido comigo? Não me encontrava nos lugares em que costumava ir. Perguntava por mim e as pessoas diziam “É verdade, você anda sumido”. E “Que fim levou você?” Eu não tinha a menor ideia que fim tinha me levado. A última vez em que me vira fora, deixa ver… Eu não me lembrava! Eu teria morrido? Impossível, na última vez em que me vira eu estava bem. Não tinha, que eu soubesse, nenhum problema grave de saúde. E, mesmo, eu teria visto o convite para o meu enterro no jornal. O nome fatalmente me chamaria a atenção. Eu podia ter mudado de cidade. Era isso. Podia ter ido para outro lugar, podia estar em outro lugar naquele momento. Mas por que iria embora assim, sem dizer nada para ninguém, sem me despedir nem de mim? Sempre fomos tão ligados. No outro dia fui a um lugar que eu costumava frequentar muito e perguntei se tinham me visto. Não era gente conhecida, precisei me descrever. Não foi difícil porque me usei como modelo. “Eu sou um cara, assim, como eu. Mesma altura, tudo”. Não tinham me visto. Que coisa. Pensei: como é que alguém pode simplesmente desaparecer desse jeito? Foi então que comecei, confesso, a pensar nas vantagens de estar sumido. Não me encontrar em lugar algum me dava uma espécie de liberdade. Podia fazer o que bem entendesse, sem o risco de dar comigo e eu dizer “Você, hein?”. Mudei por completo de comportamento. Me tornei - outro! Que maravilha. Agora, mesmo que me encontrasse, eu não me reconheceria. Comecei a fazer coisas que até eu duvidaria, se fosse eu. O que mais gostava de ouvir das pessoas espantadas com a minha mudança era: “Nem parece você”. Claro que não parecia eu. Eu não era eu. Eu era outro! Passei a me exceder, embriagado pela minha nova liberdade. A verdade é que estar longe dos meus olhos me deixou fora de mim. Ou fora do outro. E um dia ouvi uma mulher indignada com o meu assédio gritar “Você não se enxerga, não?” E então, tive a revelação. Claro, era isso. Eu não estava sumido. Eu simplesmente não me enxergava. Como podia me encontrar nos lugares onde me procurava se não me enxergava? Todo aquele tempo eu estivera lá, presente, embaixo, por assim dizer, do meu nariz, e não me vira. Por um lado, fiquei aliviado. Eu estava vivo e bem, não precisava me preocupar. Por outro lado, foi uma decepção. Concluí que não tem jeito, estamos sempre, irremediavelmente, conosco, mesmo quando pensamos ter nos livrado de nós. A gente não desaparece. A gente às vezes só não se enxerga.” 
— Luís Fernando Veríssimo.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Quote de crepúsculo, hm



















“Afinal, de quantas maneiras um coração pode ser destroçado e ainda continuar batendo? Nos últimos dias, eu tinha passado por muitas experiências que poderiam ter acabado comigo, mas isso não me deixou mais forte. Ao contrário, eu me sentia horrivelmente frágil, como se uma única palavra pudesse me despedaçar.” 
— Bella Swan.

sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Oi



















Talvez o problema seja eu mesmo. Talvez se eu começar a aceitar todas as acusações um dia elas param de chegar, pois eu nem ligarei mais. Quando você não se importa perde a "graça".
Tem um espaço aqui dentro que um dia eu sonhei que fosse preenchido, mas talvez não seja pra ser. Talvez num futuro bem distante, eu construa a minha família e tenha três filhos. Dois é um número traumático pra mim.
Eu sempre aguentei as pontas. Nunca ninguém soube de nada. Mas de uns dias pra cá sinto que estou vazando, as pessoas estão começando a ver que eu sempre fui um rio de sentimentos em forma de gente. Uma palavra e as lágrimas ameaçam a cair. Um impasse e tudo vira rio. 
Tento não viver mais pela "preocupação" das pessoas. Se se preocuparem, bom. E se não também, eu não  estou esperando mais nada. Talvez eu deva aceitar como as pessoas são.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Rápidas percepções

Hoje eu percebi que não sou muito boa em fazer poemas, mas sim de interpreta-los. Já que tirei oito na prova de estudos da linguagem....Fiquei muito surpresa pois eu tinha escolhido o mais difícil, pelo que me falaram haha
Sou boa com ironias, acredito. Adoro dar uma de escritora e me sentir repousada pelas palavras.
Dou risada de tudo, muitas pessoas não entendem as vezes.
Estou vendo as situações mais por fora agora. Estou conseguindo pensar melhor antes de agir, é melhor pra mim no final do dia. Menos coisas pra se arrepender.
Ando gostando de outras bandas, andando com pessoas que eu nunca pensei que andaria antes e parece que eu achei meu lugar.
Sabe, umas coisas aí andam perdendo a importância pra mim e outras tomando seus lugares.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Paredes

Quando a gente só é prensado contra a parede
tudo na gente fica quadrado
tudo fica plano
tudo passa reto
nada
para
nada
fica
nada
conta

Quando tudo é de cimento
tudo fica cinza
é tudo rocha

quadrado é a forma
que construo
essa parede
a minha volta
para que
ninguém 
tenha que
aguentar
as minhas
abobrinhas


segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Jogo



















Me nego a acreditar que você tenha dito aquilo. Você não estava em sí. Não, não, não. Mas você disse, você foi lá e abriu a porta para que todos os maus sentimentos batessem bem no meio da testa e me fizessem  perder a certeza.
Posso ver minha vontade de fazer isso dar certo virando a esquina lá na frente e nada me da vontade de ir busca-la e amarrar em mim de novo. Vou ficar aqui um tempo sentada olhando, sem fazer nada, e ver no que dá. 
Tudo esta a minha volta, ao alcance da minha mão. Não consigo me mexer, eu não sei exatamente o que fazer. Tudo esta rodando. Uma música antiga tocando de fundo. Tudo está claro demais, preciso dos meus óculos; meu enquadramento do mundo. The pain is staring me right at my face. Nos meus ombros, todo o peso do mundo. Minhas olheiras tornaram uma parte fixa do meu rosto, ninguém as nota mais.
Nada é de verdade.Tudo é um jogo, ou você se dedica a ele ou você perde. Eu perdi.



Pretensões



















Eu nunca tive a pretensão de estar sempre certa. Nem acredito que alguém possa acertar sempre. Nem que essa pessoa pense mil vezes antes de falar e não aja por impulso. 
Eu sou muito estranha, sei disso. Sou agora e logo depois, não sou. Sou e deixo de ser num piscar de olhos. Acho que estou crescendo, definindo o que é prioridade e o que pode deixar pra lá.
Ando decidindo onde quero ir e quem quero levar comigo. Não estou fingindo mais, estou sendo o mais clara possível. Talvez esse meu jeito de agir incomode, mas eu estou fazendo o que deveria ser feito. Estou sendo franca, agindo de verdade. 
Posso me posicionar errado as vezes, sendo acida demais. Mas aprendi que quando apanhamos demais, ou a gente aprende a bater ou nada muda. Tudo afunda mais. Você afunda mais.
Não tenho certeza de nada, não quero estar sempre certa. Na verdade...não tenho certeza de quase nada.