quinta-feira, 16 de janeiro de 2014





































Saiu e bateu a porta. Levou consigo toda a esperança que achou e saiu pra tomar um ar. Ver a luz. Sentir a brisa no rosto e o cheiro de novos dias chegando.
Desceu umas ruas, virou outras e subiu umas avenidas. Encontrou um lugar meio isolado no meio de tudo e sentou ali. Pensou na vida e como tudo parecia pequeno olhando dali. As vezes é preciso sair dos problemas, desfocar deles e pensar melhor. 
Olhou o céu e não pensou mais em nada, só admirou.
Tudo vai ficar bem. 
Voltando pra casa esqueceu de virar a esquerda e depois a direita e depois duas a esquerda. Fez um caminho diferente. Acabou parando em um lugar que não parecia de onde saiu. Tudo estava pior. E não poderia fazer nada pra arrumar tudo aquilo.
Assistiu seu filme favorito.
Chorou. Apaixonou-se pelo futuro.
Sentiu-se como se o mundo estivesse vazio. A música que escutava fazia eco, até que chegou ao fim e estava sozinho novamente. Quando se sente sozinho dessa forma não é muito possível pensar concretamente.
Desejou que tudo fosse um filme e que a parte boa chegasse logo.
Jogou esse desejo pra longe. Chega de ser esse tipo de pessoa que deseja que a vida seja um filme e que o feriado preferido seja o natal.
Cansou de sentir demais. Perguntou-se se aquilo era um privilegio. Decidiu que de agora em diante seria. E foi.

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