quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Eu escolhi sentir






















Hoje eu percebi que ninguém se importa. E eu me acostumei com isso, não sei se é bom ou ruim, mas me acostumei. Me pergunto se percebem o que fazem ou se fazem pois são insensíveis. 
Fico chateada quando escuto conversas fora do meu quarto e não fazem questão nenhuma de me incluir. Não gosto quando estou falando e me interrompem sem pedir licença e continuam a conversa como se eu não estivesse ali. Me pergunto se eles percebem que me fazem mal e eu não consigo mais sair do meu quarto a não ser para ir para a faculdade e tomar banho. Será que não percebem que é irritante eles rirem dessa forma quando estou em meu quarto tentando me acalmar da discussão de 5 mnts atras? Será que percebem que tudo em mim doí quando eles me insultam ou me mandam "sumir"? Acho que não.  
Quando eu fecho os olhos posso sentir cada dor de cada lugar. Sei quem colocou cada cicatriz em cada lugar. Mas ninguem consegue vê-las. São minhas, todas minhas. Cada dia aparece uma e eu me viro sozinha com ela.
Não vou mais espalhar meus problemas por ai, vou guarda-los numa caixinha e lidar com eles quando der. 
Percebo que minha necessidade de sair daqui - nem que seja por uns meses - é mais do que necessário. Esta virando minha unica prioridade. 
Eu acho que a parte mais triste de tudo isso é a pessoa ser alheia as minhas lagrimas e aos meus apelos. Você esta tentando achar uma solução e a pessoa esta pra lá e pra cá, fazendo tudo, menos te escutando. 
Deixar de se importar é complicado. Se acostumar com a frieza é tudo o que eu menos quero. Não quero me tornar alheia, não quero passar pisando nas pessoas e não perceber. Não quero deixar tudo isso afetar quem eu sou/quero ser.
Sinto que estou desaparecendo. Deixando de existir assim como Macabéa. Estou aqui, me encarando em um espelho enferrujado, perguntando-me se existo mesmo ou se sou inventada. 
PS: Desculpe-me regras sintáticas, Othon Moacyr Garcia e afins. Não estou muito ligada a regras ou clareza hoje.

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