quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Molde



















A gente tem essa mania boba de substituir uma pessoa por outra, e achar que vai ficar tudo bem, né? Que é a mesma coisa. Coloca no lugar de um amigo de anos um colega que conheceu na padaria e é engraçado.  Mas não é. Cada pessoa que passa na sua vida te muda, te molda, te mostra. Ela acrescenta um ponto na sua vida, uma virgula ou até pontos de exclamação. Ou tudo junto! Ela te forma! Assim, colocando emoções e ensinando o caminho; talvez uma ponte para outro caminho..Uma incerteza.
Quando ela vai embora, esses pontos e virgulas e exclamações meio que vão com ela, te deixando mais vazio. Ou menos cheio. Um texto sem pausa sem separação de idéias sem sentido.
Acho que uma das maiores condenações da vida é a lembrança. Ficar recordando, mesmo quando não quer, é meio que uma das piores injustiças, pra mim. Tudo ali, na sua cabeça, pra te lembrar e trazer as memórias a tona. Aquelas que você tanto queria esquecer. Mas como esquecer uma coisa que te forma? Que te apoia? Que te alerta?! Mas que beleza seria ficar só com o conhecimento, mas sem a lembrança. 
Só quem sabe entenderá meus porquês. Saberá o porque dos meus atos e das minhas palavras soltas. Porque de ser tão fechada e de repente começar a falar sem freios com um estranho qualquer.
Sinto, que apesar de tudo, por melhor que eu fosse com os pontos e as vírgulas e as exclamações moldando-me, aprendi a ser texto sem sentido, sem forma e sem gênero; não ter final. 
Ser um fim sem ponto final

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